quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Arte do D&D - Parte 2

Pessoal dando continuidade ao tema Arte Fantástica o pessoal do Fanáticos do D20
criaram um novo post: "A Arte do D&D - Parte 2" que coloco integralmente aqui pra vocês! Divirtan-se!

Olá pessoal. Como já havia dito na Parte 1 deste artigo, muitos artistas contribuiram ao longo dos anos para passar ao leitor/jogador suas visões das muitas facetas do D&D. Mas de tantos que por ali passaram, não são muitos os que nos deixaram realmente marcados, como os cinco cavaleiros do pincel anteriores. Mas foi aí que a gigante TSR (tombada pelo patrimônio histórico dos Fanáticos) acertou em cheio em sua mais brilhante jogada de marketing da época. Em uma de suas decisões mais inteligentes, a TSR fez que a obra do artista se tornasse exclusiva para determinada linha de produtos, ou Cenários de Campanha. Digamos que foi uma tacada de mestre, pois ainda vemos isto acontecer hoje em dia. A arte era tão distinta e tão boa que você sabia imediatamente de qual cenário se tratava apenas olhando para a capa do livro. Houve uma correlação direta entre a popularidade e o sucesso destas linhas de produtos com o reconhecimento da marca do artista.
Brom (Dark Sun)
Em 1991, viajamos para Athas pela primeira vez. Um mundo devastado e marcado por usar a magia de forma negligente, e agora um deserto violento. Os habitantes lutavam pela sobrevivência em um dos mais duros cenários de D&D já criados. As massas foram reprimidas sob o regime tirânico dos Reis Feiticeiros. Os heróis foram corajosos, austeros e duros. E nada enfatizou esta vida como a arte de Brom. O seu trabalho foi usado nas capas de todos os primeiros lançamentos das linha. O conjunto da caixa original da campanha, os materiais suplementares e até mesmo os romances apresentavam o seu trabalho. Os amarelos, marrons e vermelhos de Dark Sun deram um olhar diferente de qualquer outra definição que viera antes dele. Por causa de Brom, você sabia quem eram os personagens aventureiros em Athas, mesmo se você não tivesse lido nada sobre o mundo. Suas pinturas não deixavam dúvidas de que Dark Sun foi um cenário de extrema violência. 
Tony DiTerlizzi (Planescape)
Em 1994, três anos depois de Dark Sun, Planescape surgia como um divisor de águas. Era uma meca de aventuras, onde as criaturas mais poderosas e perigosas jamais colocadas em um Manual dos Monstros se reuniam para jogar truco. A cidade de Sigil, gerida pela poderosa e misteriosa Senhora da Dor, deu a personagens de alto nível um novo lugar para se aventurar. Uma das coisas que eu mais gostei em Planescape era sua aparência original. Tony DiTerlizzi era diferente de tudo que eu tinha visto anteriormente no D&D. Não era nada como as pinturas realistas que eu estava acostumado de artistas como Elmore, Easley e até Brom. Mas era mais do que isso. Os esboços de DiTerlizzi tinham um "que" de mistério, como o próprio cenário era feito. Tal como aconteceu com Dark Sun, os materiais de Planescape eram imediatamente reconhecidos ao se observar o trabalho de Tony. Depois que Planescape seguiu seu curso, DiTerlizzi foi cotado para ilustrar inúmeros monstros para o Manual dos Monstros do AD&D, aquele que a Abril Jovem lançou. 
Wayne Reynolds (Eberron)
Em 2004, após uma árdua competição, a Wizards of the Coast anunciou que o mundo de Keith Baker, Eberron, foi o vencedor. As capas de todos os livros de Eberron foram pintadas por Wayne Reynolds. Na época, a maioria dos livros básicos de D&D não tinha imagens em suas capas. O foco era o nome da marca e do conteúdo... até EberronReynolds produziu murais ricamente detalhados que enfeitaram as capas de cada livro de Eberron. O trabalho se destacou, o que fez os livros de Eberron também se destacarem. Da mesma maneira que Brom nos mostrou o que parecia Dark Sun, Reynolds nos mostrou o mundo de Eberron. Suas capas mostravam o mundo devastado pela guerra de Eberron. Ele apresentou as coisas que eram novas para nós, como jogadores, mas aceito como normal para os habitantes de Eberron. Seu trabalho foi para muitos de nós uma introdução aos forjados, dragonmarked, os dirigíveis e o trilho relâmpago. Ele conseguiu capturar a excitação e aventura em seu trabalho. E aproveitando a evolução dos computadores e seus efeitos de colorização, as imagens ficaram ainda mais surpreendentes. 
Quando 4ªEdição de D&D foi lançada em 2008, a Wizards of the Coast decidiu (felizmente) por retornar as pinturas nas capas dos livros. Reynolds foi cotado para a maioria delas. É um artista que ramificou-se por seu talento, e sua obra pode não fazer você pensar em Eberron, mas certamente lembrará você de um certo jogo, o Dungeons & Dragons.
Como mencionei no final da Parte 1, nunca há uma resposta certa ou errada quando você está falando sobre arte. Eu incluí alguns dos meus artistas favoritos aqui, mas é totalmente subjetivo. Encorajo-vos a partilhar os seus pensamentos e comentários sobre a arte do D&DExistem outros artistas que vocês acham que devem ser colocados no hall da fama? 
Até a próxima.
Brom
Tony DiTerlizzi
Wayne Reynolds

Um comentário:

  1. Legal como cada década, cada edição possui sua arte característica. Ou, cada arte possui usa época.

    ResponderExcluir